Onco-Hematologia
Trombofilias e Síndrome Anticorpo Antifosfolípide
Trombofilia apresenta maior predisposição de trombos venosos, caracterizada pela formação de cóagulos no sangue, decorrente de alterações hereditárias ou adquiridas, levando a um estado pró-trombótico e com predisposição em pacientes jovens (antes dos 45-50 anos de idade).
Na trombofilia hereditária, até um terço do casos, apresentam história familiar de trombose ou abortos.
As Manifestações Clínicas da Trombofilia variam desde ao aumento na predisposição a trombose venosa, até as formas progressivas e de difícil tratamento. A manifestação mais comum é a trombose venosa profunda de membros inferiores, associada ou não a embolia pulmonar.
- Podem ser divididas:
- Hereditárias:
Possui a presença de anormalidade genética, correspondendo a uma produção reduzida ou anormal dos inibidores fisiológicos (antritrombina, proteína C, proteína S e resistência a proteína C ativada) da coagulação, predispondo à oclusão vascular.
Manifestam-se frequentemente com tromboembolismos venosos, em indivíduos jovens (menores que 45 anos), com eventos recorrentes, em local pouco comum para formação de trombos e história familiar positiva para trombose.
A mutação do Fator V de Leiden é predisposição genética de maior prevalência nas famílias.
- Adquiridas:
É decorrente de outra condição clínica, que aumentam a viscosidade sanguínea, levando a formação do trombo.
São causas comuns, como imobilização, traumas prévios, uso de medicamentos, neoplasias ou síndrome do anticorpo antifosfolípide.
A Síndrome do Anticorpo Antifosfolípide (SAF), é a trombofilia adquirida mais comum, sendo responsável por até 20% das tromboses venosas profundas.
Os anticorpos antifosfolípides (Anticoagulante lúpico, Anti-B2 glicoproteína e Anti - cardiolipina), presentes nesta síndrome, alteração as membranas das plaquetas, células endoteliais e trofoblastos, promovendo aumento do risco de eventos trombóticos - arteriais ou venosos - principalmente obstétricos, como dificuldade para engravidar, gestações complicadas, abortamentos, retardo do crescimento fetal e perdas fetais.
O diagnóstico correto de trombofilia é essencial para garantir um tratamento seguro e eficaz, prevenindo a formação de trombos e assim, evitando possíveis complicações graves como embolia pulmonar, acidente vascular cerebral (AVC) e complicações obstétrica, evitando prejuízos a saúde da mulher.